Entre todos os mapas do Counter-Strike, poucos causam tanta divisão entre fãs e jogadores quanto Nuke. Conhecido por sua verticalidade, complexidade e exigência tática, ele é uma verdadeira lenda do competitivo. Neste artigo, vamos explorar a história do mapa Nuke no CS, desde sua criação até os momentos mais marcantes nos grandes campeonatos. Uma jornada completa por um dos campos de batalha mais icônicos dos e-sports.
A criação do mapa Nuke
A história do mapa Nuke no CS começa no final dos anos 1990. Originalmente lançado como cs_nuke ainda no Counter-Strike 1.1, Nuke foi criado por Jo Bieg, um dos desenvolvedores da primeira leva de mapas do jogo. Sua proposta era diferente: em vez de terrenos urbanos comuns, o mapa se passava em uma usina nuclear com dois bombsites empilhados verticalmente, algo inovador para a época.
Na época, a Valve viu grande potencial no mapa. A complexidade de rotações, a importância do domínio de áreas como outside (a parte externa) e a verticalidade entre os bombsites A (superior) e B (inferior) transformaram Nuke em um desafio técnico e tático como nenhum outro.
Evolução e reformulações ao longo dos anos
Durante a transição do CS 1.6 para o CS: Source e depois para o CS:GO, o mapa Nuke passou por diversas mudanças. Sua estrutura original era criticada por ser extremamente favorável aos CTs (Counter-Terrorists), o que desequilibrava o jogo. Para equilibrar o mapa, a Valve lançou uma grande reformulação em 2016, com mudanças visuais e estratégicas significativas.

Essa atualização foi um marco na história do mapa Nuke no CS. A Valve melhorou a visibilidade, ajustou a acessibilidade entre os bombsites, redesenhou o outside e renovou o estilo gráfico com uma aparência mais realista e industrial.
Com essas mudanças, Nuke passou de um mapa impopular para um dos mais desafiadores e estratégicos do CS:GO competitivo.
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Verticalidade, tática e rotação: um quebra-cabeça estratégico
O que realmente diferencia Nuke dos demais mapas é a verticalidade. Enquanto a maioria dos mapas opera principalmente em um plano horizontal, Nuke exige domínio tridimensional. Jogadores precisam entender não apenas o posicionamento lateral, mas também o vertical: o bombsite A fica em cima, enquanto o B está no subsolo.

Essa complexidade transformou o mapa em um verdadeiro laboratório de estratégias. No competitivo, times como Astralis e Na’Vi ficaram conhecidos por suas execuções precisas em Nuke, dominando smokes no outside, rotações rápidas pela vent e controle absoluto do mapa.
Não à toa, grandes técnicos do cenário o consideram o “xadrez” do Counter-Strike. A história do mapa Nuke no CS também é a história de evolução do próprio metagame.
Partidas icônicas no mapa Nuke
Nuke foi palco de algumas das partidas mais memoráveis da história dos e-sports. Entre elas, destacam-se:
- Astralis vs Liquid – IEM Katowice 2019 (semifinal): A Astralis mostrou por que era imbatível no Nuke, atropelando a Liquid com uma atuação tática cirúrgica. Dominando o mapa por meses, a Astralis ficou invicta em Nuke por 31 partidas entre 2018 e 2019.
- Na’Vi vs G2 – PGL Major Stockholm 2021 (final): A Nuke foi o segundo mapa da final, e s1mple brilhou com uma performance digna de MVP. A vitória da Na’Vi consolidou seu Major e eternizou essa série.
- FaZe vs ENCE – IEM Cologne 2022 (semifinal): A FaZe utilizou jogadas rápidas e agressivas em Nuke para surpreender a defesa sólida da ENCE, mostrando que o mapa permite tanto disciplina quanto criatividade.
Essas partidas reforçaram o peso da história do mapa Nuke no CS no competitivo, sendo decisivo em fases finais e até em campeonatos mundiais.
MVPs e domínio de times
Alguns jogadores ficaram marcados por suas atuações em Nuke:
- device (Astralis): sua leitura de jogo, movimentação no Heaven e suporte no bombsite A foram fundamentais.
- electronic (Na’Vi): com domínio absoluto do outside, o rifler sempre foi uma peça chave.
- Twistzz (FaZe): combina explosividade com posicionamento criativo, especialmente no CT side.
Já entre os times, Astralis é o maior símbolo do mapa. A equipe usava Nuke como seu mapa-pick principal e praticamente definia o jogo com ele. Isso consolidou um dos maiores legados da história do mapa Nuke no CS.
Homenagens e cultura do mapa
Nuke também foi eternizado com grafites in-game homenageando jogadas históricas. Um exemplo clássico é a defesa dupla com Desert Eagle feita por Xyp9x na parte inferior do mapa, salva com um spray especial da Valve após o Major de Katowice.
Além disso, a arquitetura visual do mapa tem referências a usinas nucleares reais da Europa. O mapa também influenciou memes e até produtos licenciados, tamanha sua influência na cultura gamer.
O Nuke no CS2: continuidade e potencial
Com a chegada do Counter-Strike 2, a Valve preservou Nuke no pool competitivo, com melhorias gráficas significativas graças ao motor Source 2. As luzes foram remodeladas, os ambientes ganharam mais profundidade e o som das rotações ficou ainda mais impactante.

A Valve reconhece a importância histórica do mapa e, por isso, sua manutenção no competitivo garante que a história do mapa Nuke no CS continue viva e pulsante nos próximos anos de e-sports.
Conclusão
A história do mapa Nuke no CS é uma saga de evolução constante, desde sua criação até as finais de Major. Mais do que um mapa, Nuke representa a complexidade, a profundidade tática e a beleza do Counter-Strike competitivo. Ao longo das décadas, ele se reinventou, foi amado, odiado, remodelado, mas nunca esquecido. Para os fãs mais apaixonados, Nuke é o verdadeiro campo de batalha dos gênios do jogo.